quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O QUE EU LI NO LIVRO "PEDAGOGIA DA AUTONOMIA" DE PAULO FREIRE.

O que deve conter um educador progressista? Como um educador deve se comportar diante da realidade de seus alunos? O respeito que deve existir entre educador e o educando.
Esses e outros temas de grande valia estão inclusos no livro de Paulo Freire "Pedagogia da Autonomia".
Eu li neste livro que o educador deve ter os seus valores respeitados e respeitar os valores dos seus alunos, estar atento e sensível aos conhecimentos que os alunos trazem consigo de sua vivência e saber explorar estes dados para ajudar a construir o conhecimento dos alunos, por que ensinar não é simplismente transferir, passar ou dar conhecimento aos alunos mas sim ajudar a construir esse conhecimento, desafiando a seus alunos não com temas de ensinos prontos que só enfadonham e "zumbizam" seus alunos, mas sim com temas que despertem o interesse dos alunos criando neles uma curiosidade que se inicia ingênua, mas evoluindo em seguida para uma curiosidade epistemológica, formando um pensamento crítico e reflexivo que realmente faça a diferença no aluno para sua vivência e dos que o rodeiam.
Educar não é simplismente passar informações, mas também é receber informações do seus alunos pois é impossivel (na visão de Paulo Freire) que haja o processo do ensinamento sem ser ensinado, envolvido com os conhecimentos de seus alunos na completa formação gnosiológica.
Não devemos aceitar tudo o que nos vem pronto isso é curiosidade epistemológica, devemos ir atráz e buscar o conhecimento de forma completa e na busca deste conhecimento seremos desafiados a conhecer novas e novas areás e adquirimos ainda mais conhecimento, sabendo pois que somos inacabados então devemos ter sempre a humildade de reconhecer novas idéias e sabermos que as vezes querendo pensar certo nos encaminhamos a pensar errado e substituir nossos conceitos por tendências mais apropriadas a não ser que seja constatado sua essência falaciosa, sabendo sempre que para "pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas" - Paulo Freire.

COMENTÁRIO DE OPINIÃO

Este livro é realmente interessante, mergulhei nele (de outro modo não se obtem compreensão ja que o texto do livro é um tanto quanto confuso em certas partes) e apreciei a leitura, mas ao final fiquei com a opinião de que poderia ser melhor. Por que Paulo Freire (NA MINHA OPINIÃO) perde muito tempo citando suas ideologias politicas, seus apoios aos sem-terra e a movimentos participantes do que diz ser de "justa ira".
As vezes ele tem umas viagens e fica falando sobre como poderia melhorar o mundo e fica em blá, blá, blá, com suas utopias, se é tão fácil (penso eu) vai lá e faz então ué, se candidate a presidente ou algo assim, não fuja do tema do livro, fazendo com que perca minha curiosidade epistemológica chateado em ler isso que, acho eu, não faz parte da proposta do livro e deveria ser citado em títulos mais oportunos.
Quero deixar claro que gostei muito do livro e acho recomendável, só que visualizei esta pequena falha que gostaria de compartilhar com meus colegas.

PAZ, SAÚDE E CONHECIMENTO A TODOS.

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